CEIS
Centro de Experimentação em Imagem e Som
O Centro de Experimentação em Imagem e Som faz pesquisa e divulgação da cultura audiovisual, aglomerando em torno dela sobretudo os alunos e professores do Curso de Cinema e Audiovisual, mas não só. As exibições e debates sobre filmes ( Cine-Puc, Prainha), palestras/lives com cineastas e pesquisadores, publicações diárias nas redes sociais e demais atividades se destinam também aos alunos de jornalismo, publicidade e propaganda e RP.
O Ceis oferece um conteúdo complementar as grades de disciplinas audiovisuais, com dimensões por vezes práticas ( OfiCine) e também teóricas (Em Tese)
Local de integração de alunos de diferentes níveis e origens, o Ceis apoia a realização de Curtas através de sua Central de Produção e também pretende auxiliar a carreira posterior dos filmes em festivais e plataformas de streaming.
A MElHOR SÉRIE
Para a primeira indicação do nosso novo quadro: ‘’Melhor Série’’ nada mais válido do que indicar uma das séries que, infelizmente, está cada vez mais próxima da nossa realidade. The Hand Maids’s Tale, série distópica da Hulu, baseada no livro de 1985: ‘’O Conto da Aia’’, da escritora canadense Margaret Atwood, retrata a república de Gilead, lugar de extremo conservadorismo religioso, onde os direitos das mulheres foram totalmente dizimados, fazendo com que as mulheres sejam forçadas a uma espécie de escravidão reprodutiva para gerar os filhos da elite. June (ou Ofred) é a nossa protagonista e nossa narradora, passamos a série inteira imergidos em seus pensamentos, de forma que nos apegamos tanto a personagem que podemos sentir suas dores, seus medos e sua agonia.
Com cenas pesadas e muitas vezes difíceis de assistir, The Hand Maid’s Tale nos mergulha em um futuro aterrorizante, onde há um retrocesso em direção aos valores tradicionais, levando-os ao extremo. A sociedade de Gilead é inteiramente patriarcal, e por isso levam as passagens do Antigo Testamento de forma extremamente literal.
A série se encaixa no gênero de distopia, mas você sabe o que é uma distopia? Muitas vezes confundido com uma ficção cientifica, esse gênero é inspirado por possíveis consequências negativas de comportamentos ou tendências atuais. Sendo assim, ele pega acontecimentos atuais e os levam a um extremo tão horrível que não somos nem capazes de imaginar. Podemos então com facilidade notar críticas à nossa contemporaneidade.
Não é novidade na história do nosso país em que as mulheres são caladas e negadas dos seus próprios direitos. June era silenciada, não podia sair, pensar, falar, ler e escolher, com certeza em nossa realidade existem muitas Junes espalhadas por aí. Uma sociedade como a de Gilead não nasce da noite para o dia, são acontecimentos graduais que levam a esse futuro extremo. Esperamos que acontecimentos como os de atualmente reforcem nosso olhar crítico sobre nossa realidade e não seja mais um degrau para que Gilead não seja um futuro tão distante assim.
Entre Aspas
Recentemente a mais nova produção dos irmãos Russo foi anunciado a receber vinte milhões via crédito de impostos aprovados com apoio da Film Comission de Los Angeles. Em 2019 no evento MAX em Belo Horizonte foi anunciada uma proposta de Film Comission para a cidade, mas afinal… O que é uma Film Comission?
Film Comission (Comissão Filmíca) é um orgão estatal ou paraestatal que auxilia na produção audiovisual da cidade ou país em questão. Cidades como Los Angeles, Dubai, Nova York, e países como a Inglaterra e Hong Kong tem seus próprios conselhos e comissões. Esse órgão possibilita que ao invés de contactar instituições paralelas e não preparadas para a iniciativa audiovisual, vá “direto ao ponto” e a vida do produtor é facilitada.
São Paulo e Rio já têm suas instituições com renome internacional, recentemente logo que a SpCine e a Film Comission de São Paulo entraram em vigor diversas produções internacionais procuraram a cidade para realizações como Sense 8 e o novo projeto produzido por Keanu Reeves sem nome anunciado. Todo território que possui uma iniciativa similar é notável o aumento significativo de produções, já que além de todo o aparato técnico necessário para se realizar uma filmagem seus produtores também procuram não desperdiçar um poderoso recurso, o tempo. O Rio com a Riofilme sempre foi referência para procura de locações no país, além de farol para produção, quanto mais se é filmado mais interesse gera naquela cidade e áreas como turismo tem ganhos consideráveis. Os prós com a iniciativa são intermináveis para o Estado e para o setor, Cinema além de levar emoção, leva renda! Procure saber sobre a niciativa mineira, a Minas Film Commission, para que cada vez mais se produza no Estado de forma saudável para quem realiza e consome cinema nacional. Quanto mais a gente se vê na tela , melhor.
NAS VANGUARDAS
Exibido previamente na plataforma LUX Moving Image e no FID Marseille 2019, o filme GHOST STRATA (2019) de Ben Rivers terá exibição online no 4° Festival Ecrã (20 a 30 de agosto). O mais recente média-metragem do prolífico cineasta britânico explora os titulares estratos fantasmas, camadas ausentes dentro de sedimentos de rocha, que dada a sua localização na rocha, oferecem pistas do que já esteve presente e hoje está ausente.
O filme é dividido em 12 seções, uma para cada mês do ano, e acompanha o trajeto do próprio cineasta em vários países, incluindo o Brasil. Rivers explora temas como memória, o impacto da humanidade sobre o ambiente e, assim como em vários de seus trabalhos pregressos como SLOW ACTION (2010) e I KNOW WHERE I’M GOING (2009), o futuro do próprio homem.
Realizador de obras de cunho antropológico, Rivers oferece visões etnográficas por vezes perturbadoras. Seu trabalho mais recente, o curta LOOK THEN BELOW (2020), está disponível na plataforma LUX Moving Image e vislumbra um futuro onde a condição do ser e do ambiente se encontram transfigurados. Este filme encerra uma trilogia de ficções especulativas realizadas em parceria com o escritor Mark von Schllegel.
MODA NO CINEMA
Hoje no nosso quadro Moda no Cinema vamos abranger um pouco mais do audiovisual, vamos falar sobre a série fashionista do momento: The Politician, de Ryan Murph. A produção conta a história de Payton (Ben Platt), um adolescente que está no ensino médio que sonha em se tornar presidente dos Estados Unidos. Mas para chegar lá, antes, ele precisará conquistar o cargo de presidente do colégio, o disputando com Astrid Sloan (Lucy Boynton), uma das personagens mais fashion da temporada. Para isso, Payton irá contar com ajuda de seus fiéis escudeiros: McAfee Westbrook (Laura Dreyfus), James Sullivan (Theo Germaine) e Alice Charles (Julia Schalaefer), para ajudá-lo em sua campanha.
A trama satírica deu o que falar entre seus telespectadores por conta da sua estética e fotografia impecáveis. Contando com marcas como Raulph Lauren, Gucci e Channel, o figurino da série é realmente de se impressionar. Repletos dos famosos power suits, acessórios, blazers, conjuntos xadrez e golas polo, as figurinistas Lou Eyrich e Claire Parkinson, conseguiram com excelência criar uma autenticidade visual e enriquecer o ambiente permeado de política e elegância.
Cada personagem consegue se expressar perfeitamente através de seus outfits, o protagonista Ben Platt comentou: “eu não conseguiria criar a imagem de Payton sem esse guarda-roupa. A grandeza dos cortes das peças me ajudou a incorporar o personagem, e eu amei passar por essa experiência”. E apesar de seu guarda roupa chamar atenção, foram os guarda roupas das personagens femininas que tiraram o fôlego e serviram de inspiração para muitos.
Alice Charles, considerada a primeira dama, teve seu figurino totalmente inspirado na Jackie Kennedy e na Princesa Diana. Com estilo vintage, clássico e calculado, as peças mais importantes em seu guarda roupa foram os scarpins, terninhos de tweed, colar de pérolas channel e muitos laços. Por outro lado, temos McAfee Westbrook, que conta com um estilo clássico e esportivo, combinando sempre terninhos coloridos com tênis e acessórios descontraídos que dão um ar mais ‘’cooll’’ para os seus looks.
Considerada a mais fashion da série por muitos, a personagem oponente de Payton, Astrid, dispõe de muitas minis saias, conjuntos Chanel, golas com laços, botas e bolsas de marca contribuindo para a riqueza que estampa seu papel. E ai, curtiram o figurino da série? Se inspirariam no estilo de alguma personagem?
Oficine
O CEIS tem o prazer de anunciar o OFICINE, uma série de oficinas da área de cinema. Os eventos acontecerão nos dias 06/10 e 07/10, terça e quarta feira respectivamente, durante o horário da tarde. Serão oficinas que cobrem temas e áreas como maquiagem, videoclipe, direção de arte e que contarão com vários convidados distintos para ministrar cada uma das oficinas. Fiquem ligados aqui no insta do CEIS para mais informações sobre horários, números de vagas, programação e inscrições em breve.
Nos meses de julho e agosto, o CEIS realizou uma pequena mostra online de curtas de estudantes realizados na quarentena. Exibimos ao todo 16 curtas diferentes de vários estudantes dos cursos de Cinema e Audiovisual, Publicidade e Propaganda e Jornalismo da PUC Minas no canal do CEIS no Youtube.
Na última sexta-feira tivemos a honra de ter uma conferência incrível com o diretor Antônio Campos. O CEIS agradece a participação e a presença de todos os alunos e dos professores.
Falamos sobre o esquema de produção em grandes estúdios, sobre a carreira do diretor, sobre sua direção de atores e etc. Os alunos ainda engrandeceram a discussão com perguntas e curiosidades.
Trazemos figuras como o Antônio como forma de engrandecermos pessoalmente e experienciar vivências e trabalhos de pessoas que já passaram por muita coisas que muitos alunos passam hoje em dia.
E você? Participou do bate-papo? O que achou?
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