Os cursos de Jornalismo da PUC Minas, do campus Coração Eucarístico e da unidade São Gabriel, além dos recém-lançados cursos da unidade Praça da Liberdade e de Poços de Caldas, promovem nos dias 25 e 26 de abril de 2022 o evento A EXPERIÊNCIA DE 50 ANOS DO MARCO: o jornalismo impresso no mundo digital, para comemorar o aniversário de 50 anos do Jornal Marco.
No período da pandemia, o Marco circulou em uma versão digital especial, intitulada Marquinho. Agora, o jornal volta à circulação impressa, com novo projeto gráfico e editorial, para comemorar o cinquentenário e torná-lo mais moderno.
Embora a comunicação digital tenha se tornado dominante, as comunidades acadêmica e profissional reconhecem o papel do Marco na formação dos futuros profissionais. Apuração, checagem de fatos e dados, contato com as fontes, redação e edição de texto, fotos e infográficos são algumas das etapas cumpridas com esmero pelos alunos sob o olhar atento da equipe.
Marco: 50 anos de história
O início desse trabalho se dá em 1972, quando o jornal é criado. Na época, o Brasil enfrentava a ditadura militar, em um de seus períodos mais duros contra a imprensa nacional e local, por causa da censura prévia.
O jornal nasceu dedicado às questões das comunidades do entorno do campus da PUC Minas, período em que moradores dos bairros Dom Cabral, João Pinheiro e Coração Eucarístico enfrentavam carências de transporte público e urbanização precária.Por meio da experimentação e da prática profissional, o jornal se tornou um porta-voz de demandas comunitárias.
Hoje, de acordo com o novo projeto editorial e gráfico, elaborado em 2021, o Marco mantém os princípios gerais da sua história, mas passa a se dirigir especialmente ao público-jovem. Os objetivos são motivar esse segmento para o Jornalismo e gerar interesse quanto ao formato impresso. Em termos de conteúdo, as novas edições vão apresentar reportagens em profundidade, artigos de opinião e colunas.
O evento
Além da presença de importantes nomes no cenário do jornalismo brasileiro, o evento comemorativo dos 50 anos do Marco terá duas mesas com ex-editores e ex-monitores do Jornal. As atividades são gratuitas, abertas ao público externo e serão transmitidas pelo canal da FCA PUC Minas no YouTube.
No turno da manhã as palestras serão no auditório 3, do prédio 43 do campus Coração Eucarístico; à noite, as atividades serão na sala Multimeios 31, do Bloco I da unidade São Gabriel.
A programação completa está disponível também no Instagram dos cursos de Jornalismo (@jornalismopuc).
Confira a programação:
25 DE ABRIL (segunda-feira)
CORAÇÃO EUCARÍSTICO
9h às 10h:30 | Qual é o futuro do jornal? O papel do jornalismo na construção da memória coletiva do Brasil
Com Daniela Arbex
10h30 às 12h |A Sirene: vislumbres de um outro jornalismo possível
Com Karina Barbosa (A Sirene) e Sérgio do Carmo (A Sirene), e mediação da Prof.ª Sandra Freitas
SÃO GABRIEL
19h às 20h30 | Qual é o futuro do jornal? O papel do jornalismo na construção da memória coletiva do Brasil
Com Daniela Arbex, com mediação da Prof.ª Fernanda Sanglard
20h30 às 22h | Jornalismo Multiplataforma
Com Benny Cohen (Uai), Cândido Henrique Silva (O Tempo) e mediação da Prof.ª Verônica Soares
26 DE ABRIL (terça-feira)
CORAÇÃO EUCARÍSTICO
9h às 10h30 | A experiência do jornal Fala Roça na maior favela do Brasil
Com Michel Silva (Fala Roça), mediação da Prof.ª Iara Franco
10h30 às 12h ENCONTRO de ex-editores e ex-monitores
Com José Milton, Fernando Lacerda, José Maria Morais, Álvaro Duarte, Liliane Corrêa, e mediação da Prof. ª Ana Maria Rodrigues
SÃO GABRIEL
19h às 20h30 | A experiência do jornal Fala Roça na maior favela do Brasil
Com Michel Silva (Fala Roça), mediação da Prof.ª Viviane Maia
20h30 às 22h | ENCONTRO de ex-editores e ex-monitores
Com Maurício Lara, Mário Viggiano, Daniel Camargo, Alessandra Melo, e mediação do Prof. Getúlio Neuremberg
Conheça os palestrantes
Daniela Arbex é autora do best-seller Holocausto brasileiro, eleito Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014). Com mais de 300 mil exemplares vendidos no Brasil e em Portugal, a obra ganhou as telas da TV, em 2016, no documentário produzido com exclusividade para a HBO e inspirou a série Colônia, da Globoplay lançada em junho de 2021. Também publicou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro-reportagem (2016). Em 2018, a escritora lançou Todo dia a mesma noite, livro que narra a história não contada da boate Kiss e que deu origem a série Todo dia a mesma noite, em desenvolvimento pela Netflix. Em 2020, ano em que lançou Os dois mundos de Isabel, foi eleita a melhor Jornalista Investigativa do Brasil, recebendo o Troféu Mulher Imprensa. Recentemente, lançou Arrastados, os bastidores do rompimento da barragem de Brumadinho, o maior desastre humanitário do Brasil. Uma das jornalistas mais premiadas de sua geração, Daniela tem mais de 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo. Acaba de ser eleita a melhor repórter investigativa do país pelo Troféu Imprensa 2020. Também tem três prêmios Esso, o americano Knight International Journalism Award (2010), o prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina (2009) e o Natali Prize, que ela recebeu na Bélgica em 2002.
Michel Silva é cofundador e editor-chefe do Fala Roça. Formado em Jornalismo pela PUC-Rio, é cria da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde adora circular pelas favelas da cidade para fazer redes e adquirir conhecimentos e experiências. Passou pelo Instituto Moreira Salles, Record TV Rio, The Guardian, Datalabe e ajudou a fundar o Favela em Pauta. Hoje é pós-graduando em Jornalismo Investigativo pelo IDP.
Karina Gomes Barbosa é professora do curso de Jornalismo e do programa de pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). É doutora e mestre em Comunicação Social e jornalista pela Universidade de Brasília (UnB). Como repórter, tem experiência em cobertura de política e cultura, com passagens por Editora Abril, CorreioWeb, Hoje em Dia e Ministério de Minas e Energia. Tem experiência na concepção ou condução de projetos de jornalismo laboratorial como o jornal Artefato, a revista Jenipapo e o portal Pulsátil, na Universidade Católica de Brasília, e o jornal Lampião e a revista Curinga, na Ufop. Coordena o programa de extensão institucional Sujeitos de suas histórias e, atualmente, atua como jornalista responsável voluntária pelo Jornal A SIRENE.
Sérgio Papagaio é editor-chefe do Jornal A SIRENE. É coordenador do grupo dos garimpeiros tradicionais do Alto Rio Doce e membro efetivo da Câmara Técnica Indígena e Povos e Comunidades Tradicionais do Ibama. É integrante da Comissão de Atingidos e Atingidas de Barra Longa. Atingido pela barragem de Fundão em Barra Longa.
Benny Cohen é formado em Jornalismo (UFMG) com especialização em Jornalismo Digital (UFMG) e pós-graduação em MKT (Fund Dom Cabral). Foi Repórter da Band Minas, Globo Minas e Alterosa. Editor responsável e Editor Geral de Jornalismo da Alterosa. Editor de Mídias Convergentes do Portal Uai.
Cândido Henrique Silva trabalhou como jornalista esportivo de 2003 a 2013, quando fez uma guinada na carreira. Desde 2013, trabalha como jornalismo digital, passando pelos cargos de editor do Portal O Tempo, Coordenador de Estratégias Digitais da Sempre Editora e hoje está como editor executivo da Sempre Editora, com ênfase em Estratégia Digital. Também dá aula no curso de Jornalismo Digital no IEC PUC Minas.
Daniel Camargos é repórter investigativo focado em direitos humanos, política, conflitos no campo, meio ambiente e mineração. Trabalha na Repórter Brasil desde 2018. Trabalhou nos jornais Folha de São Paulo (2016-2018), Estado de Minas (2004-2016) e O Tempo (2004). Publicou em veículos internacionais (The Guardian, BBC, Al Jazeera, Mongabay e El País) e nacionais (Revista Piauí, Estado de São Paulo, UOL, R7, Vice, Carta Capital, Caros Amigos e Brasil de Fato). Ganhou seis prêmios de jornalismo, entre eles o Vladimir Herzog e foi finalista dos prêmios Gabriel Garcia Márquez, Esso e Petrobras. Formado em jornalismo pela PUC Minas, em 2003. Por duas vezes (2019 e 2020) teve uma reportagem escolhida pelo Unearthed do Greenpeace como uma das 10 melhores reportagens ambientais do mundo. Foi reconhecido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais como uma das seis pessoas que se destacaram, em 2020, na defesa dos direitos humanos. Foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Mário Viggiano é doutor pelo Programa de Pós-graduação stricto sensu em Letras (Linguística e Língua Portuguesa) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2019), mestre em Comunicação Social pelo Programa de Pós-graduação stricto sensu em Comunicação: Interações Midiáticas da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas (2010), pós-graduado lato sensu em Gestão Estratégica de Marketing pelo Cepead da Universidade Federal de Minas Gerais (2002), graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1996) e graduado em Letras (Português, Inglês e respectivas literaturas) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989). Foi professor assistente III e adjunto I da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais no período de 2003 a 2019 (16 anos). Como professor universitário da área de Comunicação Social, lecionou disciplinas com ênfase nos seguintes temas: Cinema (criação/redação/revisão de roteiros, comunicação e literatura), Jornalismo (história, teorias e técnicas, especialização e meios/veículos de comunicação), Publicidade e Propaganda (redação, comunicação e literatura, revisão de textos) e Relações Públicas (comunicação e literatura e relacionamento com a mídia). Na área de Letras, lecionou disciplinas relacionadas à Linguística e Língua Portuguesa na graduação e pós-graduação lato sensu. Os principais temas são: práticas de processos editoriais, redação, revisão e tradução de textos. Atualmente é diretor da Oficina do Texto & Comunicação, uma empresa voltada para as áreas de Comunicação Social e Letras, com produção de vários tipos de conteúdo, redação, revisão e tradução de textos.
Maurício Lara é formado em Jornalismo e Administração de Empresas. É sócio do Instituto Ver Pesquisa e Estratégia. Professor do curso de Jornalismo (1992 a 2007) e Secretário de Comunicação da PUC Minas (2004 a 2007). Foi repórter especial do jornal Estado de Minas (2007 a 2011). Trabalhou ainda no Jornal do Brasil, TV Manchete, Hoje em Dia e Rádio Jornal do Brasil. Assessorou campanhas de candidatos a prefeito e a governador. Foi ainda Assessor de comunicação em instituições públicas e privadas, como Sebrae/MG, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Prefeitura Municipal de Betim. Assessor de imprensa da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República (Secom/PR) em 2003. Consultor de comunicação em instituições como Unimed BH e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL BH). Autor de diversos livros, entre eles: Campanha de Rua – a cobertura jornalística de uma eleição presidencial – Geração Editorial, São Paulo, 1994 e As Sete Portas da Comunicação Pública – como enfrentar os desafios de uma assessoria – Editora Gutenberg, Belo Horizonte, 2003.
José Maria Morais é mestre em Comunicação pela PUC Minas, especialista em ‘Comunicação Integrada’ (PUC Minas), em ‘Gestão em Processos de Produção Gráfica’ (Newton Paiva) e graduado em ‘Comunicação Visual’ pela Escola de Artes Plásticas da Fundação Universidade Mineira de Arte (FUMA-BH). Atuou na indústria gráfica e jornalística por mais de 20 anos e foi professor titular nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas entre agosto de 1980 e junho de 2019. Foi empresário na indústria gráfica, trabalhou como Gerente Industrial no jornal Diário do Comércio e foi Editor Gráfico do Marco, jornal-laboratório do curso de Jornalismo da PUC Minas. Autor do livro “DESIGN DE NOTÍCIAS e padrões gráficos no jornalismo impresso” lançado em 2018 pela Editora PUC Minas, onde mostra que é através do design que a diversidade de conteúdos de um jornal é tramada, com base em estratégias compositivas que contribuem na construção de sentidos.
José Milton dos Santos é Jornalista e Relações Públicas pela PUC Minas, formado em 1974 e 2003 respectivamente. Especialista em Ciência Política pela UFMG em 1978. Mestre em Comunicação Social pela PUC Minas em 2016. Professor dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Cinema e Audiovisual da PUC Minas de 1975 a 2019. Chefe do Departamento de Comunicação Social e coordenador de Curso na PUC Minas de 1978 a 1980 e de 1984 a 1987. Membro da coordenação do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (1991/1995). Coordenador Técnico (1995/1998) e Gerente de Comunicação e Marketing do Lumen – Instituto de Pesquisa PUC Minas (1998/2001). Coordenador do Centro de Pesquisa em Comunicação da PUC Minas (Cepec) de 2005 a 2007 e de 2010 a 2016. Diretor do Sindicato dos Jornalistas de Minas de 2002 a 2017. Diretor da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) de 2004 a 2007. Integrante do Grupo de Pesquisa Mídia e Narrativa da PUC Minas desde 2016.
Álvaro Duarte é formado em Jornalismo pela PUC em 1993 e pós-graduado em Comunicação Digital, também pela PUC, em 2020. No jornal Estado de Minas desde 1990, foi diagramador, repórter, editor de arte, de fotografia e de esportes durante a Olimpíada Rio’2016 e a Copa da Rússia, em 2018. Hoje é um dos coordenadores da edição digital do Estado de Minas. Como editor de arte, e juntamente com sua equipe, tem dezenas de prêmios de excelência gráfica da SND e da European Newspaper Award, além de um Prêmio Esso de Primeira Página, juntamente com outros jornalistas.
Fernando Lacerda completa 40 anos de jornalismo, em dezembro deste ano. Graduou-se pela PUC Minas, iniciando uma carreira em que atuou como repórter, editor e assessor em diferentes veículos de comunicação, empresas e instituições públicas e privadas. Entre outros cargos, foi repórter da Sucursal de Belo Horizonte do Jornal do Brasil, nas décadas de 1980 e 1990 e editor do UOL Esporte em Minas, entre 2002 e 2018. Retornou a PUC Minas em fevereiro de 1995, como professor de disciplinas práticas de jornalismo, permanecendo no cargo por 20 anos. Durante 19 anos foi subeditor e editor do MARCO, o jornal laboratório da Universidade. É sócio proprietário da Lead Comunicação.
Alessandra Melo é presidenta do SJPMG, diretora da FENAJ, formada em Jornalismo pela PUC-MG em 1995 e repórter desde então
Liliane Corrêa é formada em jornalismo pela PUC Minas em julho de 1994, foi monitora de texto do Marco em 1993. Começou sua carreira na assessoria de imprensa do prefeito Patrus Ananias, onde já estagiava antes de se formar. Foi repórter nos jornais Hoje em Dia e O Tempo, onde trabalhou por nove anos e participou da criação do Super como sua primeira editora. Transferiu-se para o Estado de Minas para montar o jornal Aqui, onde também coordenou a reforma gráfica e editorial do saudoso Diário da Tarde. Foi editora de Economia do Estado de Minas, também onde montou o núcleo de Redes Sociais e assumiu a chefia do portal em.com.br. Atualmente, é editora geral do Inset, portal de notícias do Inter.