O Jornal Laboratório Marco comemora, junto dos 50 anos da FCA, seus 49 anos de lançamento. Em 5 de dezembro de 1972, a primeira edição do Marco ficou pronta e, desde então, o Jornal Laboratório se tornou referência na Faculdade, na comunidade vizinha e no meio acadêmico da comunicação.
Para celebrar a data, foi lançada uma edição especial do Marco, com uma retrospectiva de sua história, relatos de quem construiu e de quem constrói o jornal atualmente, com relatos sobre os desafios da publicação em tempos de pandemia e o lançamento do Marquinho, edição 100% digital do jornal.
A história do Marco
Fundado menos de dois anos depois da fundação da Faculdade de Comunicação e Artes, o Jornal Laboratório Marco é considerado como o primeiro projeto de extensão da FCA. Criado por estudantes e professores de Jornalismo, o jornal tinha como visão servir de porta-voz às comunidades vizinhas da PUC Minas do campus Coração Eucarístico, tratando de pautas dos bairros próximos e de reinvindicações de moradores, fazendo uma ponte entre a universidade e a comunidade.
Afinal, por que Marco?
Segundo José Milton Santos, professor que da primeira turma e do grupo fundador do jornal, o nome dá a ideia de ser algo importante para a vida profissional dos estudantes, uma experiência editorial única, pois o Marco é um veículo crítico e independente. Muitos jornalistas que hoje são estrelas da comunicação no Brasil passaram pelo Marco, o que reforça a ideia do nome.
Um jornal de prestígio
Fato curioso sobre o Marco: ele foi um dos cinco primeiros jornais-laboratórios do Brasil. Mas a longevidade não é seu único diferencial. A importância do Marco está também em sua constância e periodicidade, pois o jornal nunca parou de circular em períodos letivos.
O Marco também ganhou vários prêmios de reportagem, como é dito na Edição Especial. Grandes personalidades já foram entrevistadas para perfis e reportagens do jornal, e ele é reconhecido pela comunidade do entorno da PUC Minas como um porta-voz – mesmo que hoje em dia esta relação não esteja tão forte quanto em seus primeiros anos.
A pandemia e o Marquinho
Com a pandemia da covid-19 e, consequentemente, o esvaziamento do campus e das ruas vizinhas devido ao isolamento social, o Marco não conseguiria ser distribuído para seu público, mas a equipe também não pretendia parar com a circulação. Segundo a editora do jornal, professora Ana Maria Oliveira, a equipe foi pega de surpresa com as mudanças, e demorou cerca de um mês até que todo o planejamento fosse feito para o lançamento do Marquinho, nome que, segundo a professora, cria um vínculo afetivo com o veículo impresso.
A editora-gráfica, professora Dulce Maria Albarez, fez um projeto gráfico novo para o digital, pensado para dispositivos móveis, já que a ideia do Marquinho era circular apenas digitalmente, por meio de grupos de Whatsapp, e-mail, o site da FCA e pelo Instagram, que foi totalmente adaptado para o Marquinho. Nele, além da divulgação de novas edições, também são distribuídas pautas para qualquer aluno que queira desenvolvê-las para a edição em produção.
Sobre o futuro do Marquinho, as editoras têm interesse em mantê-lo funcionando paralelamente ao impresso, porém, não há certeza quanto a essa decisão, tendo em vista que também acarretará em uma equipe maior à disposição do trabalho de produção.
A importância do Marco para a FCA
Para a professora Ana Maria Oliveira, o Marco é de suma importância para a faculdade, tendo em vista que foi fundado pouco tempo depois da FCA – além de sua participação e engajamento dentro da comunidade ainda ser forte, mesmo depois de 49 anos de fundação.
Dulce Maria Albarez, editora gráfica do Marco, professora e designer, diz que a importância principal do jornal está em ser um início para a carreira de muitos jornalistas, uma oportunidade de adquirir experiência editorial e se inserir no mercado de trabalho com boas referências.
Os diretores da FCA também falaram sobre a importância no jornal em sua Edição Especial.
Mozahir Salomão Bruck, professor e diretor da FCA, disse que a importância do Marco para os estudantes é de experimentar um jornalismo editorial do impresso, que vem se estendendo também para o ambiente digital.
Viviane Maia, professora, chefe do departamento de comunicação social e coordenadora do curso de Jornalismo do campus Coração Eucarístico, reforça a relevância do jornal e sua longevidade, que também vem se modernizando e ajudando na formação de grandes nomes do jornalismo.
Iara Franco, professora e participante do colegiado do curso de jornalismo, diz que a prática e teoria sempre andaram de mãos dadas na FCA, e como professora, percebeu de fato a importância do Marco para a formação de futuros jornalistas.
A Edição Especial dos 49 anos do Jornal Marco pode ser encontrada aqui ou na aba do Jornal Marco.
Para escrever para futuras edições do Marquinho mesmo sem ser monitor, siga a página do Instagram. A edição também comemora os 50 anos da FCA.